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Sobre parques eólicas offshore, Petrobrás e Big Oil

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Quando em outubro de 2022 publicamos sobre o potencial energético offshore no Brasil havia apenas referência às empresas Equinor, TotalEnergies e Shell com pedidos de licenciamento para instalar parques eólicos nas áreas de seus blocos, considerando que o projeto de lei 576/2021 propõe prioridade aos atuais operadores de óleo e gás. E note que de forma antecipada à aprovação da lei, ou seja, sinalizando valer o risco, considerando o potencial e oportunidade.

A geração eólica e solar já tem superado as tradicionais em várias partes do mundo.

Bom ver que há poucos dias a Petrobrás assinou carta de intenções com uma daquelas empresas, a Equinor, para avaliar a viabilidade técnico-econômica e ambiental de sete projetos de geração de energia eólica offshore na costa brasileira, com potencial para gerar até 14,5 GW. Equivapente a uma Itaipú. Clique na imagem abaixo para ver o press release.

Após o anúncio, no entanto, algumas reações contrárias, como a publicada no Brazil Journal na qual, segundo um analista financeiro, os “três motivos para a Petrobrás passar longe das eólicas offhore” seriam:

  1. “O Brasil não precisa (nem hoje, nem no futuro próximo) de eólicas offshore”

  2. “As eólicas offshore podem demandar vastos subsídios para serem viáveis e o País não deveria pagar por isso”

  3. “Há formas muito mais baratas de fazer a transição energética, inclusive comprando companhias de renováveis”

Há mais de 1 ano, em Setembro de 2021, esse blog publicou a matéria “Racing Cars Are About to Start Running on Wine Dregs (TotalEnergies)“. Título curioso, não ? Mas dela vale relembrar dois pontos de então:

  • A gigante petrolífera francesa havia acabado de ser renomeada TotalEnergies, adotando a bandeira das novas fontes energéticas, futuro

  • Iniciava o desenvolvimento de um novo combustível 100% renovável, um bioetanol, produzido a partir de resíduos da indústria vinícola, inovando

Cada vez mais, além das fontes renováveis, ganham mais protagonismo as novas tecnologias, patentes, digitalização, CCS e hidrogênio.

No caminho da transição energética, que venham mais boas escolhas e rápidos posicionamentos por parte da Petrobrás e de suas grandes irmãs do Big Oil.

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