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O cabo enfraquecerá com a divergência EUA-Reino Unido? – Blog de negociação Forex da Orbex

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Não se espera que a divulgação de amanhã dos números finais do PIB dos EUA e do Reino Unido tenha um grande impacto nos mercados, mas ilustram uma tendência que tem pesado sobre a Cable. Dependendo da evolução dos dados, essa tendência pode ser intensificada e fornecer alguns insights importantes para os traders de swing. Os day traders podem ficar um pouco decepcionados esta semana, já que os feriados drenam a volatilidade.

Com a expectativa de que a maioria dos principais bancos centrais relaxe nos próximos meses, um dos principais impulsionadores das flutuações cambiais é o momento em que isso acontecerá. De um modo geral, a inflação tem vindo a diminuir, mas o desempenho económico entre os países tem sido diferente. E essa poderá ser a variável importante para orientar as moedas nos próximos meses.

Quem puxará o gatilho?

Tecnicamente, o primeiro grande banco central a avançar no sentido da flexibilização foi o SNB na semana passada. Mas isso não tem um impacto importante no GBPUSD. A questão é quando é que a Fed e o BOE irão alterar as taxas de juro, e há uma discrepância significativa entre eles. Ambos estão vendo a inflação cair. Mas o Reino Unido tem uma taxa muito mais elevada, o que significa que a expectativa é que a flexibilização comece mais tarde.

Rodapé do blog do aplicativo móvel PT

O consenso é que o FOMC votará a favor do corte pela primeira vez em Junho, enquanto o BOE o fará em Agosto. Mas há também uma discrepância na sua retórica. O presidente do Fed, Jerome Powell, reconhece que as taxas cairão, mas alerta que permanecerão relativamente altas. Entretanto, o governador do BOE, Andrew Bailey, disse que as perspectivas do mercado para cortes nas taxas este ano são “razoáveis”. O que significa que, retoricamente, o BOE é mais pacífico do que o Fed.

Para onde irá o cabo?

Espera-se que os dados de amanhã confirmem que o Reino Unido teve um crescimento negativo no último trimestre do ano passado, o que significa que estava tecnicamente em recessão. Os EUA, por outro lado, deverão confirmar um crescimento sólido no mesmo trimestre. Geralmente, os bancos centrais mantêm as taxas mais elevadas com uma economia em crescimento, a fim de evitar que a inflação suba demasiado.

Se a tendência actual continuar, então o BOE estará sob muito mais pressão para aliviar as taxas a fim de apoiar a economia do que a Fed. Se a economia entrar demasiado em recessão, a inflação poderá transformar-se em deflação, uma condição que o banco central também não deseja. Isso significa que os dados apontam para que o dólar permaneça mais forte do que a libra quando os cortes nas taxas começarem.

Obtendo o tempo certo

Se a economia dos EUA estiver a crescer, a inflação poderá continuar a ser uma preocupação para a Fed. O que aumenta o risco de que a subida prevista para Junho possa ser adiada. Isso provavelmente aumentaria os rendimentos dos títulos e apoiaria o dólar.

O Reino Unido tem o problema oposto, uma vez que corre o risco de permanecer numa recessão, mas seria necessária uma recuperação económica substancialmente grande antes que as pressões inflacionárias começassem a ameaçar a trajetória descendente das taxas. A economia sugere que há menos probabilidade de um atraso nos cortes das taxas por parte do BOE. À medida que os dados do primeiro trimestre começarem a chegar nas próximas semanas, os traders poderão reavaliar as suas expectativas relativamente à trajetória de subida das taxas, e a balança de risco está inclinada para um dólar mais forte e uma libra mais fraca.

Negociar as notícias requer acesso a extensa pesquisa de mercado – e isso é o que fazemos de melhor.

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