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A transição energética: uma agenda de ações de curto prazo para cada região

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Outro ótimo e completo relatório de 164 páginas da McKinsey, que busca responder à seguinte pergunta “que ações práticas os países precisam tomar agora para garantir que a transição energética acelere e prossiga de maneira ordenada?

Com foco no curto prazo, 2030 como horizonte de tempo, o relatório analisa ações críticas necessárias a nível global e regional, bem como partes interessadas, como governos, instituições financeiras, empresas e indivíduos.

Embora a produção de energia renovável tenha dobrado na última década, os combustíveis fósseis ainda representam cerca de 82% do consumo de energia primária em 2021.

De acordo com o relatório, a capacidade instalada anual de energia solar e eólica precisaria quase triplicar na próxima década, para mais de 520 gigawatts (GW) de capacidade instalada anual média, de uma média de cerca de 180 GW de 2016 a 2021. Entre as várias regiões detalhado no relatório, especificamente a América Latina precisaria acelerar o desenvolvimento de capacidade solar 2,8 vezes e eólica 2,3 vezes.

A McKinsey mapeou aspectos que diferenciam os países nesta era de transição energética. Primeiro, os recursos financeiros disponíveis do país e sua capacidade de alavancar capital para apoiar a transição energética. Em seguida, dois outros aspectos relacionados ao nível de resiliência energética:

  • disponibilidade (ou não) de recursos naturais, como minerais críticos, potencial de geração eólica e solar e

  • dependência econômica de importações de energia e indústrias intensivas em emissões

Como tal, os países foram agrupados em 5 grupos:

  • Países ricos e com segurança energética, incluindo Austrália, Arábia Saudita e Estados Unidos, que têm produção doméstica abundante de energia e alto PIB per capita. E precisam reconsiderar as fontes de energia.

  • Países ricos e expostos, incluindo Alemanha, Itália e Japão, que enfrentam desafios de segurança energética. Oportunidade para fomentar a produção doméstica de energia limpa.

  • Grandes economias intensivas em emissões, incluindo China, Índia e África do Sul, com o desafio de atender à crescente demanda por fontes de energia limpa e reduzir a dependência principalmente do carvão.

  • Economias em desenvolvimento naturalmente dotadas, incluindo Brasil, México e Indonésia, que têm potencial significativo de energia solar ou eólica e recursos naturais críticos, como metais raros.

  • Economias em desenvolvimento e em risco, que incluem partes da África e do Sudeste Asiático, juntamente com várias nações insulares. Ainda com serviços de infraestrutura insuficientes e, portanto, com exposição desproporcional ao risco climático, potencial limitado em recursos naturais e para desenvolvimento de energias renováveis​, restrições financeiras relacionadas aos investimentos da adaptação climática.

Clique na imagem abaixo para acessar o relatório completo e vizualizar ótimos gráficos.

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